Quando a política nacional parece imitar as complexas tramas de séries fictícias, refugio-me em “Borgen”, e comparo a Iniciativa Liberal e o seu posicionamento como a força catalisadora de mudança, evocando a determinação e o ethos reformista da famosa personagem Birgitte Nyborg

A recente tempestade de escândalos de corrupção, que se assemelha a enredos de séries de televisão, acordou Portugal para a urgência de uma nova política — uma “Nye Politik” — que a IL se propõe liderar.

A gravidade da actual situação política não passou despercebida à IL, que reagiu prontamente desde o início, enquanto outros partidos pareciam adormecidos perante os acontecimentos. A timidez das reações, incluindo a apática resposta do PSD, reflete como o país tende a encarar certos escândalos como algo normal. Afinal, é “só” tráfico de influências. Não, não é.

Em democracia, um crime que envolve influências de pessoas com responsabilidades governativas nunca pode ser considerado normal. Para um Liberal, também nunca será normal que, pela terceira vez em 20 anos, o mesmo partido esteja envolvido num escândalo que abala o país, não apenas como não apenas como uma crise política, mas como um sintoma de uma doença sistémica que ameaça o regime democrático.

Este artigo não pretende apenas analisar a situação atual, mas também expressar confiança na capacidade da IL de liderar a transformação de Portugal. Afinal, tem sido o único partido que nos últimos anos tem expresso uma vontade reformista de que Portugal desesperadamente precisa. Neste contexto, a IL não atua apenas como uma força de oposição a este PS (e PSD), mas como a proponente de uma mudança paradigmática na política nacional. E daí, tal como Brigitte Nyborg na série, se explica a recusa dos Liberais em alianças pré-eleitorais oportunistas em favor de uma visão política sustentável e transparente.

A IL possui o potencial para redefinir o panorama político português. Não apenas como uma mera expressão, mas como uma força capaz de transformar a realidade de um país que aspira a uma governação responsável e ética. Além disso, a IL tem prometido e continua a prometer uma era de reformas, incluindo simplificação fiscal, revitalização e reorganização do Sistema Nacional de Saúde, liberdade na educação e uma política habitacional renovada, entre outras. Estas não são apenas promessas vazias, mas os pilares de uma sociedade em que a prosperidade é acessível a todos e a ética prevalece sobre interesses pessoais.

Num cenário em que extremos políticos populistas como o Chega e Bloco de Esquerda crescem, a IL posiciona-se ao centro como a voz da moderação e do progresso económico e cívico, como a voz que rejeita a polarização e advoga por uma política pragmática, séria e que valoriza a diversidade, um princípio fundamental de uma democracia liberal verdadeiramente livre. Livre de ideologias totalitárias. Livre de racismo, xenofobia e intolerância.

A IL está a esculpir o seu próprio caminho, indiferente às etiquetas de ‘esquerda’ ou ‘direita’. O foco, esse, está na conexão com os eleitores que não se sentem representados pelo status quo. Aqueles que anseiam por mudança real, não apenas como um slogan, mas como uma prática governativa. Por isso, nos próximos meses, a IL terá a oportunidade de liderar o debate político enquanto partido de ideias e não como partido de pessoas. Com um manifesto claro e uma estratégia de comunicação assertiva, desafiará os partidos tradicionais a reinventarem-se ou a justificarem a sua complacência perante as falhas do presente.

É tempo de reconhecer a IL não só como um participante no diálogo nacional, mas como um protagonista decisivo na moldagem de um Portugal renovado. Se ‘Borgen’ nos ensinou algo, é que a política, mesmo contra as maiores adversidades, pode ser um veículo de mudança honrada e de integridade inabalável. A ‘Nova Política’ proposta pela IL pode bem ser o capítulo seguinte na nossa história nacional, onde a esperança de um futuro melhor é construída com coragem e convicção liberal.